Ovo "Pedro, o Grande", de 1903
A história da Fabergé se confunde com a história da Rússia. Fundada em 1842 porPeter Carl Fabergé, a joalheria teve seus dias de glória durante o império dos czares e entrou em decadência depois da Revolução Russa, com a família proibida de continuar sua produção e, logo depois, afastada da empresa, que passou a ser controlada pelos bolcheviques. É que a casa foi especialmente ligada à família imperial entre 1885 e 1916, época na qual seus ovos de Páscoa eram encomendados pelo imperador e sua corte e considerados obras de arte da joalheria.
"Mosaico Imperial", de 1914
Foram produzidos 50 ovos destinados aos palácios, mas 8 deles se perderam depois da revolução. E desde então começou uma verdadeira caça ao tesouro, com colecionadores de todo mundo atrás de algum exemplar das joias supertrabalhadas, que levavam metais, pedras preciosas e pinturas esmaltadas, cada um com um tema específico. Hoje eles se espalham por museus, como o Palácio do Arsenal do Kremlin, em Moscou, e coleções particulares, como era o caso de Liz Taylor – o ovo que pertencia à atriz foi leiloado pela Christie’s americana e acabou inspirando a coleção de outono-inverno 2012/13 de Olivier Rousteing pra Balmain.
"Cesto de Flores Silvestres", de 1901
Peter Carl Fabergé morreu na Suíça, em 1920, totalmente afastado do negócio que criou. Mas em 2007 a família dele retomou o contato com a empresa, o que resultou no relançamento da marca, em setembro de 2009. Tatiana e Sarah Fabergé, as bisnetas de Peter Carl, estão à frente da revitalização, com Katharina Flohr atuando como diretora criativa e administrativa. Em 2011 foi reinaugurada uma loja em Londres e ainda este ano um novo endereço deve abrir em NY.
"Amores Perfeitos", de 1899
Se um dia a joalheria se dedicou aos czares, hoje o que ela quer é conquistar um público de jovens milionários. As 2 campanhas divulgadas recentemente foram fotografadas por Mario Testino com styling de Carine Roitfeld e a última delas tem o tataraneto de Fabergé, Josh, e as filhas de Flohr como modelos, pra atrair esse novo público que usa os famosos ovos-joias como pingentes.
"Czarevich", de 1912
Na Páscoa de 2012 a Fabergé fez o caminho inverso e encomendou 200 ovos pra artistas e marcas como a Mulberry, Mary Katrantzou, Marc Quinn, Zaha Hadid, Diane von Furstenberg, Chapman Brothers, entre outros. Eles foram posicionados em pontos da cidade de Londres pra uma caça aos ovos, com o ovo do Jubileu de Diamantes – feito em ouro rosa, com 60 pedras, uma pra cada ano de reinado de Elizabeth II – como prêmio. As peças criadas pra ação estão sendo leiloadas pela internet, com o dinheiro revertido pra 2 instituições de caridade do Reino Unido. E pra quem prefere usar as joias do que deixá-las expostas: também vai a leilão um colar com pendente de ovo, o “Le Collier Plume d’Or“, criado especialmente pra ocasião, que fica exposto até o dia 2/04 na Harrods, e até 8/04 na loja da marca russa.
Aí na galeria abaixo, você conhece os famosos “Ovos Imperiais” da Fabergé e suas versões modernas!
E o "Napoleônico", também de 1912
"Grinalda de Rosas", de 1907
A 1ª campanha da Fabergé pós-relançamento
E a de primavera-verão 2012, também fotografada por Mario Testino, com styling de Carine Roitfeld
Mulberry pra Fabergé
O de Zaha Hadid
A versão de DVF
A de Mary Katrantzou
De Marc Quinn
E Tommy Hilfiger
O prêmio pra caça aos ovos de 2012 é o "Diamond Jubilee Egg"
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